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Dicas para ter segurança na montaria

Manter a sua segurança e a do seu cavalo é sempre importante, confira essas dicas para você fazer a montaria de maneira correta:
-Tenha equipamentos corretos para seu cavalo. Nem sempre um freio serve para o seu cavalo, podendo ser um bridão, nem sempre as ferramentas que são bonitas são as melhores;
- Seu cavalo tem que ser escovado. Ao escovar seu cavalo, você está retirando sujeira, que pode machucar o dorso, as patas, o rosto, quando em atrito com os equipamentos;
- No passeio, não ofereça muita água ao seu cavalo. Três ou quatro goles, de uma água não muito gelada, são suficientes por parada. Isto porque a água muito gelada ou mesmo fria, no corpo quente do cavalo pode causar um sério desconforto;
- Não aperte a barrigueira de uma só vez. Ajuste-a gradativamente e lembre-se que não é o tanto de apertado que segura a sela, mas sim o posicionamento da sela no cavalo que faz com que ela fique no lugar;
- Se o seu cavalo não deixa montar, rode a garupa dele por uma ou duas voltas e tente novamente. A cada vez que ele não deixar montar, ou sair andando, faça este exercício, sempre com calma e visando o aprendizado e não a punição;
- Mantenha suas mantas limpas. O suor seco pode entrar em atrito com o cavalo e causar ferimentos.

DICAS SOBRE BANHO DO CAVALO

A ducha só com água e escovação deve acontecer quase que diariamente ou sempre que o animal terminar o trabalho, chegar do piquete ou estiver muito empoeirado devido ao pó de feno ou a serragem das baias. Já um bom banho com shampoo deve ser dado pelo menos uma vez por semana com bastante calma e prazer. Quando chegar este dia é provável que seu cavalo já espere ansiosamente, pois ele já perceberá as pequenas alterações que naturalmente acontecem. A movimentação dos tratadores ao pegar os materiais, a arrumação do local do banho, com tudo isso ele já saberá que o grande dia do banho chegou!A Hora CertaO ideal é que este banho aconteça nas horas em que o sol estiver forte para que o animal não sinta frio e a secagem seja rápida. Dê preferência a um local que tenha piso de cimento, um amarrador seguro e uma torneira com bastante água. Amarre o cabresto com uma certa folga, pois provavelmente, na hora que você for lavar a cabeça do cavalo, ele vai querer se esquivar-se, levantando-a fortemente, podendo estirar e provocar um sério acidente.Deixe-o ver e cheirar todo material que você vai utilizar durante o banho, para evitar que ele estranhe alguma coisa e fique estressado. Lembre-se que este deve ser um momento prazeroso. Mesmo em relação à água, antes de molha-lo, ofereça-o para beber um pouco caso tenha vontade.É importante que a pressão da água não seja muito forte. Nada de esguichos ou vaporizadores use a mangueira. O cavalo é um ser vivo, e pressão demais pode acabar machucando a pele, principalmente nas áreas mais sensíveis.É importante antes de molhar o cavalo, ficar atento se a respiração já voltou ao normal (caso tenha sido trabalhado antes) e a temperatura do corpo esteja amena. A temperatura da água pode até ser fria, desde que o dia não esteja gelado. O grande perigo está no choque térmico entre o clima pós-banho e a água, pois pode resfriar demais alguns membros e provocar friagem, dificultando até a locomoção. Passo a PassoComece molhando todo o animal. Inicie sempre pelas patas. Jogue água nos cascos, boletos e pernas. Vá subindo pelos membros anteriores e depois posteriores. Suba com o esguicho para a garupa e vá seguindo em direção a cernelha. Molhe bem a crina e tenha cuidado para não deixar entrar água nos olhos e ouvidos do cavalo. Deixe que ela escorra entre as orelhas e, se ele deixar, use um chumaço de algodão embebido com oleo mineral para tirar o excesso de cera. Alguns animais podem ser arredios a este contato. Se isto acontecer, procure acalmá-lo para evitar que ele se esquive todas as vezes que você tocar esta região. Não se esqueça dos pêlos do topete. Puxe-os para trás das orelhas e junte-os à crina. Certifique-se de que a água penetra até a pele, na raiz dos pêlos. Feito isso é hora de partir para a limpeza. Dilua em um balde uma parte de shampoo para três partes de água.Ao lavar o corpo do cavalo, pode-se usar a luva, esponja ou mesmo as mãos. Vá passando o shampoo com água por todo o corpo do animal em movimentos circulares.Para os cascos, use uma escova com cerdas firmes e bastante sabão, esfregue com bastante força e enxágüe bem. Depois, levante a pata e use um limpador de ranilha para tirar todos os resíduos de sujeira e serragem que se encontram nos cascos. Tome cuidado para não ferir esta região que é bastante sensível.Em seguida ensaboe bem as patas e esfregue-as com uma escova macia. É comum que o cavalo levante a pata na hora da esfregação. Caso isto aconteça não se assuste, apenas tome cuidado para não ser atingido. Outra parte bastante sensível a cócegas é a região das costas e da garupa. Na hora da esfregação, o cavalo costuma encolher-se ou tentar esquivar-se. Se isso acontecer, alivie um pouco a pressão para que ele não se sinta incomodado.Para a limpeza do focinho, chanfro e gananchas, utilize uma escova muito macia ou uma esponja e passe levemente. Estas também são regiões sensíveis e o excesso de pressão pode assustar o animal.Use um sabonete ou um shampoo suave para lavar a crina. Não use detergente. Pegue uma escova de plástico e faça penetrar bem a espuma, para remover toda a sujeira. Deixe o shampoo atuar por alguns minutos e enxágüe com água corrente. Procure tirar o excesso com as mãos e evite o uso de pentes para não quebrar os fios da crina. Se você preferir, pode usar um creme condicionador para desembaraçar os fios. Retire a água do pescoço com um raspador de suor. Com a cauda, faça a mesma coisa, escove-a inteira, molhe e desembarace. Depois de enxaguar o condicionador, passe uma escova de cerdas largas para que os fios fiquem bem soltos.Dica: caso o animal esteja com pêlo muito ressecado, você pode usar o condicionador em todo o corpo, após o banho. Espalhe o produto em todo o cavalo com o auxílio de uma escova em movimentos circulares e deixe agir por 5 minutos. Em seguida enxágüe com bastante água. Terminando o banho, pegue o escorredor (um rodinho de madeira e borracha) e passe pelo corpo do cavalo, acompanhando o sentido damusculatura (paleta,garupa, pernas), de cima para baixo, e deixe secar no sol.

Dicas para ferrar sem prejudicar seu cavalo

1 - Conheça o ângulo da paleta do seu cavalo antes de aparar o casco. Apare os cascos anteriores (mãos) e tente colocá-los com o mesmo ângulo da paleta. Confira o ângulo dos cascos com um gabarito angulador de casco. Os ossos digitais devem ser alinhados, de forma que colocando uma linha reta do meio do boleto e meio da quartela (falanges) ela deve passar pela muralha lateral do casco, alinhada com as suas cânulas naturais (linhas verticais do casco). No casco achinelado as linhas do casco não coincidem com este alinhamento da quartela, porque o casco tem ângulo menor do que a paleta e a linha(eixo digital) é flexionada para baixo (lado do chão).
 
2 - Limpe a sola, abra os 3 canais da ranilha de forma a deixar passar o dedo mínimo, para entrar ar na sola , obtenha a concavidade da sola e não corte jamais as barras, pois elas são a continuidade da muralha de sustentação e garantem 30% da sustentação do cavalo.
 
3 - Assegure que os cascos estão balanceados no sentido médio-lateral (largura) e ântero-posterior ou comprimento. As metades dos cascos devem ser iguais, assim como os comprimentos desde a pinça até cada um dos talões. Depois confira para que os cascos dianteiros sejam iguais entre si. Quando aparar os cascos traseiros, siga as mesmas instruções. Assim, quando o cavalo coloca o casco no chão ambos os talões apóiam no chão ao mesmo tempo e o casco rola a pinça no meio, o desgaste da ferradura ocorre exatamente na frente e o vôo (breakover) é elegante e para frente (avante).
 
4 - Escolha a ferradura de acordo com as necessidades do cavalo e ajuste-a ao casco bem aparado. A ferradura deve proteger toda a muralha de sustentação, apoiando-se até o final do talão, sem obstruir os canais da ranilha e possibilitando expansão da muralha nos quartos e talões. Nos posteriores, a ferradura pode ter ligeiro sobrepasse de talões, nos animais de talões fracos ou escorridos, de forma a dar maior base de sustentação para o cavalo. A mesa da ferradura é escolhida de acordo com a atividade do cavalo. Mesa estreita (filete) para corrida, mesa média ( 17mm) para trabalho, treinamento e lazer e mesas mais largas para esbarro( 25mm) ou tração. O material da ferradura (aço, alumínio puro, liga de alumínio, poliuretano com alma de alumínio e outros metais especiais), bem como os demais acessórios (guarda casco, agarradeiras, palmilhas, talonetes e até rampão) devem ser escolhidos de acordo com a atividade, de preferência com conhecimento, para não prejudicar a performance do animal.
 
5 - Fixe a ferradura com o cravo adequado, escolhido de acordo com a espessura da ferradura e com o canal ou craveira, de forma que a cabeça do cravo fique totalmente embutida na concavidade do buraco ou canal da ferradura. Os dois últimos cravos a serem pregados não devem ultrapassar a "linha do juízo do ferrador", ou seja, a linha imaginária que une o final dos médios do casco, antes dos talões. Complicado? Não. Imagine o meio da ranilha, com o casco levantado, e trace uma linha para os dois lados. Ela passará sobre a muralha de sustentação (onde a ferradura apóia) exatamente no lugar dos últimos cravos, em cada lado da ferradura. Esta é a "linha do juízo do ferrador".
 
6 - Depois de bater os dois primeiros cravos (ombros) e os dois últimos (talões) da ferradura, bata o guarda casco (se houver). Apóie o casco com a ferradura no chão e observe se a linha imaginária que passa pelo meio do boleto, da quartela e do casco (eixo ântero-posterior do digital) está reta. Se estiver tudo bem, pregue os demais cravos, lembrando que uma boa ferradura terá, no mínimo, 5 furos de cada lado e furos nos talões para colocar agarradeira ou cravar talonetes , calços para corrigir aprumos ou palmilhas. Ferradura barata com três ou quatro furos de cada lado nem sempre atende às necessidades do seu cavalo. Os cravos devem sair a uma altura aproximada de 3 vezes a espessura da ferradura.
 
7 - Por último, mas não menos importante, depois de acabar de fazer o serviço, não esqueça de repor o verniz dos cascos com o CASCOTÔNICO, para devolver também a flexibilidade, incentivar o crescimento e proteger a sola, paredes e ranilha, contra as brocas, frieiras e podridão.
 
 
Indícios pelos quais se reconhece que um cavalo necessita de nova ferraduraa)
 
No pé pousado
- O pé exageradamente comprido em toda sua altura ou somente na pinça, o que é mais comum;
- O eixo que deveria seguir reto da sola até a quartela está quebrado na altura da coroa do casco;
- Os rebites estão desfeitos;
- A parede desce sobre a ferradura, cobrindo-a o que se observa, mais frequentemente, na região do quarto;
- A ferradura torna-se mais curta e mais estreita que o casco, dando a impressão de que o pé escorregou para a frente.
 
No pé levantado
- A ferradura está gasta;
- As cabeças dos cravos estão gastas e enterradas nas craveiras;
- A sola, algumas vezes, apresenta-se cascuda;
- As barras da ranilha estão mais ou menos salientes;
- Os tacões não cobrem mais os talões;
- As lacunas estão se fechando;
- O corpo da ranilha fica volumoso, sua ponta se desvia e seus ramos apresentam fragmentos de córnea que tendem a se destacar.
 

Ferrageamento dos cavalos de raça

 
As ferraduras para esses animais devem ser medianamente leves para evitar a fadiga dos tendões. As anteriores, com guarda-casco na pinça e abóbada truncada devem ter os tacões arredondados e bizelados para evitar que o animal se alcance e se desferre. As posteriores devem ter a pinça truncada e um guarda-casco em cada ombro.Para dar maior firmeza ao apoio nas paradas bruscas e voltas rápidas, o tacão externo deve ter um pequeno rompão e o interno um espessamento (tacão inglês), com a finalidade de manter o casco nivelado. Como precaução contra as asperezas de um terreno pedregoso, torna-se necessário o uso de placas de couro ou borracha firme, com acolchoamento de estopa alcatroada, para evitar as lesões da sola.Muitas vezes, para proteger melhor os talões, as placas de couro são deixadas mais largas que a ferradura, a fim de protegê-los com porção que sobra, a qual é presa à quartela por uma correia forte.
 

Ferrageamento dos cavalos de provas

 
As ferraduras dos cavalos de provas devem ser relativamente sólidas, leves e dar a maior fixidez possível ao apoio
As ferraduras, de modo geral, devem ser relativamente sólidas e leves, e dar a maior fixidez possível ao apoio. A ferradura anterior, com guarda-casco na pinça, deve ter os tacões arredondados e bizelados. Às vezes, em certos cavalos que se alcançam com facilidade, torna-se necessário embuti-los nos talões. Com a mesma finalidade e para evitar os escorregões para trás, a ferradura posterior deve ter a pinça truncada e um guarda-casco em cada ombro.O truncamento da pinça não deve ser exagerado para não prejudicar o papel impulsivo dos membros posteriores. Para dar maior fixidez ao apoio e evitar que o animal escorregue nas voltas rápidas para tomar de frente o obstáculo, a ferradura posterior deve ter rompão externo e tacão inglês interno.Muitas vezes, usa-se apenas o rompão externo, desde que seja móvel e seja colocado ao se iniciar a prova. Sendo a pista geralmente macia, não há prejuízo para o nivelamento do casco, pois o rompão se enterra no solo e não impede o apoio total da ferradura.
 
Alguns tipos de ferraduras
 
Ferrageamento dos cavalos de corrida: Caracteriza-se pelo emprego de ferraduras leves, pouco cobertas e pouco espessas e que reproduzem fielmente o contorno do pé.
 
a) Ferradura do potro PSI – É uma ferradura muito leve e fina, que protege apenas a pinça, ombros e quartos. Em se tratando de um animal em crescimento, para não prejudicar a expansão do pé e os aprumos, ela permite o apoio normal das partes posteriores do órgão;
 
b) Ferradura de treinamento ou ferradura de meia corrida – É uma ferradura destinada ao trabalho de preparação. É mais larga e mais grossa que a ferradura de corrida e o peso varia entre 150 e 200 gramas. A ferradura anterior apresenta guarda casco, na pinça, e o posterior um guarda-casco em cada ombro. Dura, em média, três a quatro semanas;
 
c) Ferradura inglesa de corrida
- Ferradura anterior: possui espessura mais ou menos uniforme, em todas as suas regiões, com tacões arredondados e bizelados de cima para baixo. A face superior apresenta a justura inglesa até 2,0 cm dos tacões que são planos. A face inferior é plana e cavada de uma profunda ranhura feita com uma talhadeira especial (inglesa), a qual apresenta a face esquerda vertical e a direita bizelada e arredondada, tendo a ranhura a mesma disposição.  Deve ser mais para a beirada no ramo interno e mais central na pinça e no ramo externo, e deve apresentar no fundo as craveiras, dispostas como na ferradura ordinária. As contra-craveiras devem ser furadas na parte plana da face superior, que corresponde ao assento da justura. Apresenta guarda casco na pinça.
 
- Ferradura posterior: É um pouco mais espessa e coberta na pinça. O ramo externo é também um pouco mais coberto que o interno e apresenta um pequeno rompão de altura igual à espessura da pinça. O ramo interno, menos coberto, apresenta um pequeno rompão de altura igual à espessura da pinça. O ramo interno, menos coberto, apresenta na extremidade um espessamento progressivo para se igualar à altura do rompão externo. A face superior é plana e sem justura, e a face inferior apresenta uma profunda ranhura. A pinça pode apresentar guarda-casco ou então pode ser truncada com um guarda-casco em cada ombro.

 

d) Ferradura americana de corrida – Estas ferraduras são feitas de ferro ou de aço especial, as quais, na maioria das vezes, já apresentam a ranhura. É uma ferradura fina e leve, cujo peso varia entre 50 e 100 gramas. Tem a forma exata do pé, a face superior plana; a inferior, com ranhura e não possui guarda-casco. As craveiras, em número de 6 a 8, são bem espaçadas umas das outras, de modo que as duas últimas ficam bem próximas dos tacões, disposição que dá maior resistência à ferradura.
 
e) Ferradura de alumínio – Tem a grande vantagem de ser extraordinariamente leve. É umaferradura sólida e resistente e seu peso varia entre 30 a 50 gramas.
 
 

Maneiras corretas de criar cavalo

  • Clima(seco e fresco), solo(seco e bem drenado), topografia(ondulada), presença ainda de comedouros e bebedouros;
  • O fator mais significado e mais arenoso na manutenção de um cavalo é a nutrição, que corresponde a 60% no custos da criação;
  • Os volumosos devem devem ser administrados antes dos concentrados. Isso porque estes sofrem digestão parcial pela pepsina e pelo ácido clorídrico, seguindo depois o trajeto para os intestino;
  • Alimentos com o milho, a mandioca, o melaço e os farelos de soja, trigo e algodão são ricos em energia para os cavalos.

Reprodução de cavalos - fases do parto (1ª fase)

Quando o desenvolvimento do potro atinge a maturação, a sua glândula hipófise libera o hormônio adrenocorticotrófico (ACTH) que ativa a córtex da glândula suprarrenal da égua. Essa glândula libera os esteroides para a síntese de estrógenos. A ação dos estrógenos se faz presente no trato genital, dilatando o cérvix, dando início à formação do canal do parto.A prostaglandina secretada pelo útero estimula o ovário a produzir relaxina, que em ação conjunta com estrógenos atuam no relaxamento muscular (miorrelaxante) e estimulam a neuro-hipófise a secretar a ocitocina que provocará as contrações uterinas, dando início à manifestação externa de sinais que identificam a primeira fase do parto.Com a dilatação do canal do parto, o potro é movido em direção à vagina, forçado pelas contrações uterinas, até o ponto em que o casco envolvido pela membrana amniótica rompe o alantocórion que, em forma de cunha, ajudou a dilatar o canal do parto. O líquido liberado umedece e lubrifica o canal do parto.Nas outras espécies, essa primeira fase é mais visível, pois os esforços abdominais são intensos. Na égua, as manifestações externas não se refletem claramente, dada a ausência dessa atividade muscular enérgica. Essa fase pode passar despercebida para olhos menos experientes.A duração normalmente vai de um curto intervalo até 24 horas.
 
Os sinais mais comuns são:
 
Inquietude (procura isolar-se);
 
Ladeio de cauda;
 
Transpiração excessiva;
 
Deita por períodos curtos;
 
Defeca com frequência e urina em pequenas quantidades;
 
Externamente não demonstra sinal de esforço; e
 
Alimenta-se nos intervalos de contrações mais fortes.

Reprodução de cavalos - fases do parto (2ª fase)

Inicia-se com a ruptura da bolsa d`água (alantoide), podendo ocorrer com o equídeo em pé ou quando a égua se deita. Uma vez iniciada essa etapa, o parto progredirá rapidamente, até alcançar termo, o que em média dura 30 minutos. É também a fase mais perigosa. A interrupção do parto (distocias) acarretará a morte do potro e colocará em risco a vida da égua. Com o canal do parto umedecido e lubrificado pela ruptura da bolsa alantoideana, bem como o aumento das contrações uterinas em força e em frequência, a égua poderá parir a qualquer momento. Se as contrações forem violentas, ela poderá parir em estação. Nesse caso, necessitará de ajuda.Em um parto normal, as contrações uterinas da égua começam em número de dois a quatro, com intervalos de 10 a 30 segundos, que vão expor a bolsa amniótica, contendo as extremidades dos dois membros anteriores do potro (com uma diferença de 10 cm de comprimento de um com relação ao outro) e o focinho apoiado sobre eles. Esta diferença propicia uma boa angulação para a continuação do parto. Em casos de dificuldade de continuação do parto, por insuficiência das contrações uterinas, o assistente deverá romper a bolsa com uma tesoura e fazer tração sincronizadamente com as contrações uterinas, resguardando a posição afastada de um membro com relação ao outro. Entre uma contração e outra deve-se manter uma certa pressão de tração para evitar o recuo do potro. Toda e qualquer tração nesta altura do parto deverá ser feita no sentido horizontal (direção da coluna) e somente depois que as espáduas do potro passarem pela entrada da pélvis da égua, é que se deve tracionar em direção ao jarrete.Na maioria das vezes, a fêmea prefere parir em decúbito (deitada). Para tanto, ela se deita cuidadosamente como o cão (decúbito esternal) e depois se põe de costado (decúbito lateral). De maneira peculiar, ela estende os quatro membros. Isso indica que ela se prepara para algo mais sério, pois essa posição favorece as contrações abdominais e uterinas.Às vezes, após algumas contrações, a égua se levanta (com os membros e o focinho do potro já expostos), para logo em seguida deitar-se novamente. Isso pode acontecer seguidamente e prejudicar o potro. O assistente deverá cuidar para que o potro não se machuque. Deverá manter a égua em estação, enquanto providencia uma baia com uma cama macia (palha com 50 cm de altura).Se o parto estiver ocorrendo bem, o assistente deverá manter-se escondido observando a égua. A presença de pessoas pode incomodar a égua e dificultar o parto. Pode acontecer que, após infrutíferas contrações, o trabalho de parto sofra uma pausa e a égua permaneça com as extremidades e o focinho do potro expostos. As contrações diminuídas de intensidade e de frequência proporcionam à parturiente um descanso por um período curto que varia de 3 a 5 minutos. O assistente poderá aproveitar para abrir com uma tesoura a membrana amniótica, liberando a cabeça do potro. É importante não molestar a égua enquanto descansa. Se depois de 5 minutos não voltarem as contrações, uma pequena tração manual, em um dos membros do potro, será suficiente para estimular novamente as contrações uterinas. É comum, quando da exposição da cabeça do potro após a abertura da bolsa amniótica com a tesoura, ver uma coloração azulada (cianose) na mucosa oral e nasal do potro. Isso não é motivo de alarde, pois o potro só começa a respirar quando o excesso de CO2, após a ruptura do cordão umbilical, estimula o centro respiratório.O cordão umbilical do potro é muito longo, em comparação com o de outras espécies. Isso permite uma ligação com o útero materno por alguns minutos após o nascimento, o que possibilita a passagem de meio a um litro de sangue oxigenado da placenta para o potro. A ruptura precoce priva o potro desse sangue, podendo ocasionar alguns problemas. Para evitar a perda de sangue, o assistente deve manter opotro próximo à égua e tomar a pulsação. Cessadas as pulsações da artéria umbilical, deve-se deixar o potro levantar-se para que a ruptura se faça naturalmente.Após o nascimento, é aconselhável limpar as cavidades nasais com uma pera de borracha, aspirando as secreções e os líquidos. A elevação dos posteriores auxilia por ação da gravidade a saída das secreções. Outra alternativa em nível de campo é de “coçar” levemente a mucosa nasal com uma palha, o que provoca de imediato um espirro com a eliminação de secreções. Uma fricção com uma toalha seca no corpo do potro estimula tanto a circulação como a respiração, além de produzir calor e absorver a umidade dos pelos

Reprodução de cavalos - fases do parto (3ª fase)

Começa depois do nascimento e vai até a expulsão da placenta. Alguns autores consideram compreender um período mais longo indo até a involução uterina. A placenta na égua é expulsa dentro de 10 a 50 minutos, e considera-se patológico, quando ultrapassa 120 minutos. Neste caso, deve-se procurar um veterinário para um tratamento apropriado. É essencial para prevenir o estabelecimento de uma infecção e, até mesmo, a possível morte da égua.A retenção de placenta pode ser proveniente de uma infecção anterior ao parto. Uma alimentação inadequada pode ser um outro fator a considerar. As membranas de placenta retidas devem ser atadas de tal maneira que fiquem na altura dos jarretes. Esse procedimento evitará que a égua pise nessas membranas, arrancando-as, e, consequentemente, evitará traumatismo no endométrio.A placenta é constituída de duas membranas, sendo a superficial, de coloração cinza, entremeada por vasos e mais pesada. Ela toma contato direto com o endométrio e, por isso, é chamada de placenta maternal (alantocórion). A outra membrana é a amniótica, de uma coloração clara e brilhante, dentro da qual fica o potro submerso no líquido amniótico.Outro cuidado que se deve ter é o de pesar a placenta, pois um peso acima de 6 quilos (animal de sela) pode indicar uma inflamação e o recém-nascido deverá ficar em observação. Outro cuidado é de estender a placenta para observar a sua integridade. A falta de um pedaço implica em uma inspeção da cavidade uterina para localizá-lo e preconizar um tratamento

Reprodução de cavalos - sinais fisiológicos da proximidade do parto

Uma alimentação com verde e uma ração com 30% de farelo de trigo (laxante) deverão ser oferecidas à egua nesse intervalo de 24 a 48 h antes do parto.
 
De 6 a 2 Semanas
O úbere da égua começa a se desenvolver, adquirindo um formato mais arredondado. Algumas éguas primíparas podem não apresentar esse desenvolvimento, ou fazê-lo precocemente nos primeiros meses de gestação, por poucos dias, podendo apresentar recidivas.
 
De 6 a 4 dias
O leite desce para as tetas.
 
De 48 a 24 horas
Gotas começam a pingar do úbere, ou se coagulam nas tetas, dando a impressão que está saindo um tubinho de parafina. No Sul, esse fato é conhecido como velitas. Apresentam também a vulva relaxada e edemaciada (enrugada), ânus reentrante, mucosa vaginal de coloração vermelho-escura (congesta) e fluidificação do muco do cérvix.Alguns dias antes do parto, a égua deverá ser levada para a maternidade para que se acostume com o local e o novo ambiente. O úbere deverá ser lavado diariamente com sabão neutro, e a região perineal lavada com sabão iodado e desinfetada. A cauda deverá ser “ligada”, ou seja, protegida com atadura de crepe ou tiras de lençol limpo (10 cm de largura), com o objetivo de impedir a sua impregnação com fezes, urina e sujidade, eliminando com isso fontes de contaminação.

Cuidados com a égua gestante e o potro

As éguas gestantes, em princípio, devem ser separadas das éguas vazias em piquetes diferentes e quando houver piquetes suficientes devem ser separadas em quatro lotes. Além disso, é muito importante que as éguas gestantes não sejam mantidas confinadas. Com manejo adequado, elas podem fazer exercícios, não excessivos, até um ou dois dias antes do parto. No terço final da gestação, as marchas longas e os trabalhos fatigantes podem provocar aborto. Por isso, é mais conveniente mantê-las em um pasto situado nas proximidades da cocheira, o que facilitará as inspeções diárias. No entanto, as cocheiras somente deverão ser usadas para protegê-las das intempéries.Quanto à alimentação das éguas prenhas, esta deverá ser atentamente calculada com base individual, considerando também estarem ou não em lactação. Para não serem levadas a ingerir grandes quantidades de ração de uma só vez, o arraçoamento deverá ser efetuado de duas a três vezes ao dia e ser rico em proteínas (13 a 14% - nos três últimos meses) com suplementação mineral e vitamínica.A alimentação de uma égua gestante requer alguns cuidados. Nos três últimos meses de gestação, se a égua estiver pesando cerca de 500 kg de peso vivo, ela vai necessitar de 18,0 Mcal de energia por dia. Essa energia pode ser conseguida com a administração de carboidratos, gorduras e proteínas na dieta. Quando ela estiver em lactação, nos três primeiros meses, essa quantidade deve subir para 28 Mcal.  Além de uma alimentação balanceada, a égua gestante deverá tomar de 40 a 50 litros de água por dia.Se a égua pesa em torno de 500 kg, ela precisará de 470g diárias de proteínas. Essa proteína pode ser conseguida, administrando-se farelo de soja, por exemplo. Nos três primeiros meses de lactação, essa quantidade deve ir para 950g. A administração de forragem verde em grande quantidade e de boa qualidade fornece todas as vitaminas necessárias para a égua. O sal mineral deve ser colocado nos cochos, à vontade.

 

 
Siga o roteiro de tarefas abaixo:

 

1. Secar o potro massageando e limpando as narinas de secreções e mucosidades;
2. Desinfecção do cordão umbilical;
3. Administração de antibiótico de largo espectro;
4. Controle da incompatibilidade materno-fetal;
5. Verificar se o potro mamou o colostro;
6. Administração de anticorpos para se obter imunidade passiva (sangue, soro ou plasma);
7. Administração de 50 mL de óleo de rícino ou aplicação de uma bisnaga de Fleet Enema®;
8. Exanguíneo, transfusão se for necessário;
9. Aleitamento artificial:
 
Ingredientes:
-600 mL de leite de vaca;
-370 mL de água fervida;
-4 colheres de sopa de Karo (xarope de milho).
 
Como proceder:
-100mL/kg/dia;
-40 kg – 4.000mL : 15 = 270mL de h/h até 3° dia (37°C);
-depois do 3° dia, de 2h/2h até 30° dia;
-depois dividir total em 4 mamadeiras diárias, até 8 semanas;
-a partir do segundo mês, dar ração com leite em pó (450g/mês) até o 9° mês.
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